A Caixa Econômica Federal deve iniciar os testes do pagamento do Bolsa Família por meio do real digital, chamado de Drex, entre abril e maio, afirmou Rafael Dias Silva, superintendente nacional do banco, durante o evento “Drex & Beyond”, organizado pela Microsoft e a Hamsa em São Paulo.
A projeção de Silva é que 5% da base total de beneficiários do Bolsa Família poderá receber o valor por meio do Drex. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Caixa estuda a possibilidade de realizar o depósito do benefício em um cartão, que poderá ser utilizado em locais sem conexão com a internet.
Para Silva, a nova funcionalidade ajudará a movimentar economias regionais ao possibilitar transações com pequenos negócios, em vez de obrigar o beneficiário que habita regiões mais afastadas, como comunidades ribeirinhas, a se locomover para uma cidade maior apenas para sacar o valor e fazer as compras ali mesmo
As informações confirmam o anúncio de julho de 2023 de Maria Rita Serrano, então presidente da Caixa, de que benefícios sociais e trabalhistas poderiam ser pagos no futuro por meio do Durex.
“A Caixa está em 99% dos municípios brasileiros e tem 155 milhões de clientes. É um grande celeiro para testar soluções”, acrescentou Serrano na ocasião.
No ano passado, o banco lançou uma parceria com a Elo e a Microsoft para o projeto-piloto do real digital. A função da Elo é desenvolver opções de criptoativos com pagamento em parcelas, como ocorre com a fatura do cartão de crédito, enquanto a Microsoft entra com a experiência tecnológica, ajudando a acelerar a implementação da moeda digital oficial.
O quê é Drex?
DREX é uma proposta de moeda digital brasileira, representando uma iniciativa do Banco Central do Brasil para criar uma versão digital do real, a moeda oficial do país. O objetivo da DREX é complementar o sistema monetário atual, oferecendo uma opção digital que promete maior eficiência em transações financeiras, redução de custos e maior inclusão financeira. Diferente das criptomoedas descentralizadas, como o Bitcoin, a DREX seria centralizada e emitida pelo próprio Banco Central, garantindo segurança, estabilidade e confiança no sistema financeiro nacional
A implementação dessa moeda digital busca adaptar o Brasil à crescente digitalização das economias globais, acompanhando a tendência de outros países que também estão explorando ou implementando suas próprias moedas digitais de banco central (CBDCs).
(Com informações da Agência Brasil)
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